quinta-feira, 17 de julho de 2008

Exposição Idiossincrasia na PUCPR


Foi aberta nesta segunda-feira (14), no Museu Universitário da PUCPR, a exposição “Idiossincrasia” dos formandos do curso de Desenho Industrial – Projeto do Produto e Programação Visual da Instituição. Até o dia 8 de agosto estarão expostos 45 produtos desenvolvidos pelos alunos durante o trabalho de conclusão de curso.

A exposição foi intitulada “Idiossincrasia” por definir as peculiaridades de cada indivíduo refletida em cada design, seja ela de produto ou gráfico. Mostra também que na identidade de cada trabalho apresentado, podem ter mensagens, símbolos ou valores diferentes para cada observador ou usuário.

De acordo com o Diretor Chefe do MUNI, professor Ivens Jesus da Fontoura, a exposição pode ser uma chance fazer a ligação entre empresa e escola. “Quem sabe um empresário, ao visitar a exposição, se interesse por um projeto e queira colocá-lo em prática ou fabricá-lo”, diz.

Jaime Ramos, diretor do curso de Desenho Industrial da PUCPR, afirma que a Mostra é resultado da qualificação e diversidade de produção dos alunos. “Com ousadia e atenção às necessidades e expectativas da sociedade a exposição estimula o contato com a comunidade como um todo, promovendo a aproximação de nossos alunos com os mais diversos públicos”, diz.

Programação Visual

O aluno Oscar Marcelino Teixeira, formando de Programação Visual criou um e-learning intitulado “Bicho de Sete Cabeças”. Trata-se de um curso, no qual o indivíduo é habilitado em sete questões que, de acordo com a pesquisa realizada por ele, são consideradas fundamentais com relação à empregabilidade.

A interface apresenta um dragão de sete cabeças sendo que cada uma oferece uma dica, como por exemplo a elaboração de currículo e como se comportar numa dinâmica de grupo. “Aqui nós podemos mostrar os nossos trabalhos e, quem sabe, dar uma contribuição para a sociedade”, diz o estudante.

Oscar acredita que a exposição abre portas para os estudantes de design. “Aqui nós podemos mostrar os nossos trabalhos e, quem sabe, dar uma contribuição para a sociedade”, afirma. Segundo ele, a função do designer é perceber as necessidades dos indivíduos resolvendo seus problemas.

Projeto do Produto

Os alunos de Projeto do Produto apresentam trabalhos comprometidos com o impacto ambiental. De acordo com Ravel Forghieri Casela, as atuais condições ambientais do planeta pedem por soluções que possam trazer benefícios para a sociedade e o meio ambiente. Além disso, ele acredita que está havendo uma mudança sócio-cultural por parte dos consumidores. “Eles estão exigindo produtos com maior apelo ecológico e os designers precisam atender a esta demanda”, diz.

Preocupado com um mundo sustentável, Ravel criou uma Composteira doméstica denominada TERRAVIVA. O produto reduz o lixo doméstico orgânico, e ao mesmo tempo, proporciona adubo para jardins e vasos. Por meio de processos mecânicos no interior da composteira, é possível acelerar o processo biológico de decomposição do material orgânico vegetal, sem que haja a produção de mau cheiro e atração de insetos na cozinha. De acordo com Ravel os resíduos são acondicionados no interior do aparelho e depois de duas semanas, em média, o processo de decomposição se finaliza e o produto obtido é um adubo orgânico.


Composteira TERRAVIVA de Ravel Casela


Outro trabalho que demonstra um comprometimento social e ambiental é o COOPERE, um sistema de transporte cooperativo que não causa nenhum impacto ambiental, pois seus veículos utilizam matriz energética limpa, ou seja, são elétricos, com índice zero de poluição do ar e praticamente zero de poluição sonora.

O COOPERE, produzido pelos estudantes Márcio Nantes e Bruno Ramos, é composto por uma combinação de veículos elétricos e sistemas de comunicação inteligente que permitem uma interação entre veículos e usuários.

Os carros, monitorados por tecnologia de posicionamento global (GPS), ficam disponíveis em espaços públicos ou privados e os próprios assinantes dirigem os veículos do sistema e pagam pelo serviço assim como fazem com um serviço de TV a cabo, por exemplo.

Via internet os assinantes podem definir o seu perfil, sua freqüência de uso, abrangência dos trajetos e horários. Assim, o sistema pode criar propostas de grupos de usuários que tenham rotinas semelhantes para dividirem trajetos. De acordo com Márcio, quanto mais o assinante dividir o veículo, ou seja, cooperar, mais barato é o gasto no trajeto.

Caso um assinante esteja a pé ele pode informar por meio do seu celular a sua localização e o destino pretendido. Se houver algum carro passando nas proximidades, o sistema informa a este assinante e ao veículo, a possibilidade de dividir o meio de transporte.


COOPERE de Bruno Ramos e Márcio Nantes

Postos de gasolina e a conseqüente poluição do ar são coisas do passado. Os carros do sistema COOPERE projetados pelos acadêmicos são elétricos e podem ser recarregados se estacionados nos locais indicados para a frota - as docas de recarga. Logo após, o veículo está pronto para sair às ruas. Os carros possuem também áreas de captação solar para converter energia solar em energia elétrica, aproveitada para alimentar os acessórios do próprio veículo.

Serviço

Exposição de Design “Idiossincrasia”
Data: 14 de julho a 8 de agosto
Local: Museu Universitário da PUCPR
Horário: de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 12h e das 13h às 18h
Entrada Franca

* Texto de autoria de Juju Fontoura publicado originalmente em 16/07/2008 no site da PUCPR

Um comentário:

Unknown disse...

Este sistema provavelmente não vai demorar muito para acontecer, na verdade é muito lógico. Se desejarmos mesmo continuar existindo... temos que pensar assim: sustentavelmente.